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Cliquemusic's Hate Mail
Neste blog, eu, Marco Antonio Barbosa - Bart, para os amigos
(mab@cliquemusic.com.br) - publico algumas das pitorescas mensagens recebidas sobre minhas críticas de CDs no site Cliquemusic, além de considerações sobre a função da crítica musical. As mensagens são 100% verídicas e os textos não foram editados. Irei atualizando o blog com a chegada de mais mails. É para rir, hein, pessoal!
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Saturday, August 10, 2002 :::
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Marillion, não! Se ainda fosse o Genesis...
Pelas minhas experiências com os fãs dos Engenheiros do Hawaii, deveria saber que com admiradores de rock progressivo não se brinca. Ao escrever sobre o mais recente disco do grupo Sagrado (ex-Sagrado Coração da Terra), em resenha que pode ser lida aqui, inadvertidamente provoquei a ira de um leitor. Leia suas considerações:
De: Fernando Gomes Rosa
Data: sábado, 3 de agosto de 2002
Assunto: Crítica inútil e descabida ao Sagrado
"Em texto publicado neste excelente site de música, o sr. Marco Antonio Barbosa, mais uma vez, presta um desserviço tanto ao jornalismo quanto aos fãs de boa música brasileira. Ao repetir em seu texto clichês surrados, apenas para satisfazer seu ego e menosprezar o grupo Sagrado - o mais importante a surgir no rock brasileiro nos últimos 20 anos - o jornalista apenas reforça os preconceitos estúpidos sobre o rock progressivo. comparar o Sagrado a grupos como Marillion e Queensryche só pode ser obra de alguém que não entende nada de música, muito menos da riqueza e da sofisticação do som progressivo. Onde estão as similaridades entre essas bandas, caro sr. Barbosa? Se o sr. soubesse, poderia exemplificar melhor em seu pobre e ridículo texto.
Em meio à deterioração em que se encontra a música no Brasil, dominada por grupos pops mediocres, espanta-me que um veículo tão bom não saiba valorizar o Sagrado, um dos grandes expoentes do que se faz de melhor em nossa música. Ridicularizar o grupo e seu mentor, o grade Marcus Viana, é uma atitude baixa, digna de um profissionla mediocre e frustrado.
Obrigado por sua atençao e espero que considere minhas palavras uma critica construtiva.
Fernando Gomes da Silva Rosa"
Putz... Fazer o quê? O rapaz entende tanto de crítica construtiva quanto um operador de britadeira! Realmente, não sou especialista em rock progressivo, mas não há quem me convença que o Marcus Viana não imita o Fish, do Marillion. Será que a implicância se deveu à comparação com um grupo, digamos, progressivo-farofa? A fúria do leitor o fez enxergar em minha crítica, de resto bem isenta e sem excessos, menosprezo e ridicularização. Queria saber o que o Fernandão achou da "sofisticação" e da "riqueza" das musiquinhas bregas que seu ídolo Viana fez para a telenovela "O Clone" ("Somente poooor amooooor / A gente põe a maaaaao..." hahahah!)
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Eu, o separatista xenófobo
Os fãs dos Engenheiros do Hawaii já lançaram inúmeros argumentos para me fazer entender que sou um imbecil, por não gostar da banda. Edward Schwarz (?!), o leitor enfocado abaixo, abre uma linha original de raciocínio. Leia:
De: Edward.c.schwarz
Data: quinta-feira, 8 de agosto de 2002
Assunto: EngHaw(sempre)
"Não gostei da sua crítica em cima do último cd dos Engenheiros do Hawaii. Só porque em uma música ele chamou o Borghetinho pra tocar junto, vocês (paulista e cariocas) já ficaram com inveja. Vocês vivem "queimando" os EngHaw, mas lá no fundinho vocês gostam das músicas deles mas não querem admitir só porque eles são gaúchos. Nota 0 pro senhor. Eu não sou de mandar emails sobre essas coisas, mas agora chegou a um limite que não dá mais pra agüentar. Quanto mais vocês falam mal deles, mais eles fazem sucesso. Basta olhar as notas que eles receberam por cd, nessa mesma página, não tem nenhuma abaixo de 3.5 estrelas. Só o senhor que não gostou, pelo jeito."
Segundo o cupincha do Humbertinho, "nós" (críticos do RJ e do SP) gostamos dos Engenheiros. Claro, como é que alguém pode não gostar deles?! Mas camuflamos nossa paixão debaixo de críticas, porque "eles são gaúchos". Vamos analisar: então, todo o celeuma sobre os Engenheiros se deve ao incontrolável despeito que cariocas e paulistas nutrem pelos riograndenses do sul. Despeito esse que, apesar de esconder uma profunda admiração (psicologia reversa, sacou?), pode acabar levando a região Sudeste a declarar guerra civil contra o Rio Grande do Sul. Combinemos o seguinte, caro Schwarz: peça ao Humberto para, no próximo disco, convidar - ao invés do Borghettinho - um expoente da melhor música carioca. O Bonde do Tigrão, por exemplo. Garanto que a "inveja" vai passar e os Engenheiros serão aclamados pela crítica fluminense.
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O ataque da bicha louca do Mobral
Esta aqui é mais um interlúdio jocoso do que um hatemail clássico. Quem me conhece sabe que o Cliquemusic funciona num esquema de total contenção de despesas. Isto é, fico apenas eu para escrever/editar/revisar/publicar tudo. Obviamente, volta e meia ocorrem deslizes ortográficos, por falta de tempo e/ou de cabeça, na hora de reler. O que não justifica a mensagem que me foi enviada há pouco:
De: Eduardo (Aurélio Webster)
Data: sexta-feira, 9 de agosto de 2002 04:34
Assunto: n/a
"Gente, é uó entrar em http://cliquemusic.uol.com.br/br/acontecendo/acontecendo.asp?Nu_Materia=3688 e ter que ler "A nova Elza Soares: dura na queda ou na ascenção". Tão precisando de dicionário aí?"
Referia-se, claro, à grafia, aham, "alternativa" para "ascensão". E logo no título, argh... Se eu fosse o chefe do semi-analfabeto que escreveu isso... pena que eu não posso me auto-demitir, heheheh! O nickname "bem-humorado" do moço e o tom da mensagem sugeriam ironia, e das grossas. Não me fiz de rogado e respondi nos seguintes termos: "Agradecemos sua correção, apesar do desnecessário tom irônico e nada construtivo de sua observação. A Redação".
Daí, o figuraça treplica:
De: Rio-28
Data: sábado, 10 de agosto de 2002 02:19
Assunto: Re:
"Fófis,
Vocês tão brincando com a mona, né? Fazem essa tremenda sacanagem
ortográfica conosco e ainda querem seriedade? Uó vocês."
Matei a charada, claro. Nosso amigo Eduardo, além de zelar pelo bom uso de nosso léxico, deve ser um tremendo baitola. A atenção sobre a matéria da Elza Soares - ícone gay declarado - já deu uma pista. Depois, o estilo debochado do rapaz escrever e o uso de certos termos "técnicos" ("fófis", "mona", "uó") confirmaram: esse cavalo é égua. Nem vou dar muita trela pro cara, porque de repente ele está numa fase carente, procurando amigos virtuais... Sápralá, chibungo!
::: posted by Marco at 12:38 PM
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